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Com pandemia, plataforma busca ocupar espaço da aviação regular

Com pandemia, plataforma busca ocupar espaço da aviação regular

SÃO PAULO - As principais empresas de táxi-aéreo do país se uniram para oferecer voos em uma única plataforma — permitindo mais agilidade para conectar destinos que ficaram desassistidos com o cancelamento de voos regulares em função da pandemia do novo coronavírus. Disponível na Apple Store e Google Play, o aplicativo Fly ADAM funciona como um marketplace onde é possível consultar preços e fretar voos de passageiro, carga e ambulância aérea para mais de 3.500 cidades. A plataforma reúne oito das maiores empresas nacionais de táxi-aéreo: Helisul, Icon, Premier, TAM, Sete, Líder, UniAir e Rima. Juntas, elas representam 40% da oferta do setor no país. — Quando começou a redução da malha aérea regular, vimos oportunidade de ocupar esse espaço — diz Flávio Pires, presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), entidade que idealizou a plataforma, em conjunto com o Sindicato Nacional das Empresas de Táxi-Aéreo (Sneta) e apoio da Confederação Nacional de Transportes. Comparação de serviços A ideia é, com o tempo, agregar a oferta de mais empresas. A redução de 90% da malha aérea por parte de Gol, Azul e Latam fez o número de cidades atendidas pela aviação comercial, que era de pouco mais de 120 antes da crise, cair para 44. — As companhias aéreas regulares vão demorar para voltar ao patamar anterior à crise. Falam em até dois anos. Queremos ocupar esse espaço — diz Pires. Há tempos o setor estudava a criação de um marketplace, mas a crise serviu para acelerar esse processo. — Algumas empresas já tinham plataformas próprias, mas não se comparam com a abrangência que temos agora. Vai permitir a competição entre empresas. O usuário poderá comparar preços e serviços — completa Pires. A plataforma é dinâmica. A partir da demanda dos usuários, gera dados para as empresas ofertarem voos, e também preços, seguindo parâmetros preestabelecidos pelas empresas. Assim como a aviação regular, que está operando com cerca de 10% da capacidade anterior à crise, as empresas de táxi-aéreo sofrem na mesma proporção. — O mercado não parou, mas está mais concentrado no transporte de profissionais de saúde e suprimentos hospitalares — afirma Pires. Além da saúde, o setor segue prestando serviços para governos e algumas empresas de serviços utilitários, de energia e óleo e gás. Juntas, as oito empresas possuem uma frota de 120 aviões. Metade está disponível para fretamento. Devido à queda na demanda, muitos pilotos foram dispensados ou tiveram contratos suspensos. Num primeiro momento, a Fly Adams vai oferecer apenas o voo fechado. Mas a intenção no futuro é poder vender assentos avulsos. A plataforma também está aberta para a adesão de outras empresas associadas da Abag e do Sneta e deve ganhar nas próximas semanas algumas funções adicionais, como avaliação de serviços por parte dos usuários— No futuro, poderemos até oferecer capacidade para as empresas aéreas regulares, como nos EUA, e tornar o país de fato conectado — comenta o presidente da Abag.

Fonte: O Globo (06/05/2020)

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