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Aéreas devem repassar ao consumidor alta de combustível e dólar

Aéreas devem repassar ao consumidor alta de combustível e dólar

"Entre agosto do ano passado e agosto deste ano, o câmbio subiu 25% e o QAV [querosene de aviação] quase 60% e atingiu o maior valor da história, superando os R$ 3,30 o litro", disse Sanovicz a jornalistas.   Na aviação brasileira, os combustíveis representam de 30% a 45% dos custos operacionais de cada voo. Já o dólar é utilizado como referência em cerca de 60% das despesas operacionais - incluindo o petróleo, insumo cotado em divisa americana.   Sanovicz disse que as companhias aéreas estão conseguindo segurar os reajustes graças às nas taxas auxiliares, como assentos especiais, bagagens e outros serviços. "Mas mesmo essa alternativa pode se esgotar", disse.   Segundo o presidente da Abear, o setor vai aproveitar uma audiência pública aberta pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) voltada para discutir as fórmulas de cálculos de combustíveis para sugerir mudanças na equação que determina o valor do litro da querosene de aviação.   Segundo Sanovicz, o combustível de aviação no Brasil tem taxas como o de marinha mercante e tributos, como o ICMS, que não existem no exterior. "Essa distorção leva o combustível no Brasil representar o dobro do peso desse insumo nos Estados Unidos", disse Sanovicz.   A Abear também está levando aos presidenciáveis uma pauta com os quatro temas mais importantes para a aviação brasileira no momento. A entidade defende a revisão da fórmula de cálculo do combustível de aviação; a defesa tarifária; ampliação de investimentos em infra estrutura; autonomia dos órgãos reguladores.  

Transporte doméstico

O tráfego na aviação doméstica brasileira cresceu 4,40% em agosto na comparação anual em termos de passageiros-quilômetros transportados (RPK, na sigla em inglês), informou a Abear, que compila dados das associadas Gol, Latam, Azul e Avianca.   Na mesma base de comparação, a oferta medida em assentos-quilômetros disponíveis (ASK, na sigla em Inglês) aumentou 4,75%. Como a capacidade aumentou mais que a demanda, a taxa de ocupação caiu 0,27 ponto percentual, para 80,07%.   No acumulado do ano, a aviação brasileira tem um crescimento em 2018 de 4,74% em demanda medida em RPK, de janeiro a agosto, ante igual período de 2017. A oferta acumula em 2018 expansão de 4,80%, enquanto a taxa de ocupação médio entre janeiro e agosto deste ano está em 80,78%, ante 80,82% um ano antes.   No mercado internacional, as companhias aéreas brasileiras cresceram a demanda em RPK em 15,72% em agosto na comparação anual. A oferta em ASK avançou 19,54%, enquanto a taxa de ocupação das aéreas brasileiras nos voos internacionais cedeu 2,70 pontos percentuais, para 81,61%.   No acumulado do ano, as aéreas brasileiras apresentam expansões de 15,64% e 19,08% para demanda e oferta, respectivamente, enquanto a taxa de ocupação está em 82,69% - queda de 2,36 pontos percentuais.   Liderança Gol As quatro maiores companhias aéreas do país registraram em agosto crescimento de demanda, medida em RPK. A Gol aumentou a demanda em 1,8% em agosto ante igual mês de 2017, mas perdeu fatia de mercado, cedendo de 35,07% para 34,19%. A vice-líder Latam aumentou o RPK em 0,34%, mas também perdeu participação de mercado, cedendo de 34,11% para 32,79%. Azul e Avianca cresceram em demanda e também em participação de mercado.   A Azul atingiu 19,25% de participação em agosto, ante 17,53% um ano antes, após elevar em 14,64% a demanda em RPK. Já a Avianca ganhou meio ponto percecentual de market share, atingindo 13,77%, após ampliar em 8,17% o transporte de passageiros em agosto.   FONTE: Valor Econômico por João José Oliveira

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